A prova foi dividida em três fases, sendo que o conjunto albicastrense disputou seis encontros, tendo somado uma vitória, dois empates, três derrotas.
Na 1ª Fase, a equipa liderada pelo Selecionador Distrital Francisco Pires ficou inserida no Grupo D, com a AF Porto, AF Coimbra e AF Portalegre.
Na primeira partida, frente à turma conimbrigense, os pupilos de Castelo Branco foram derrotados por 1x0. Um golo solitário de Rodrigo Soares fez a diferença no resultado final.
No segundo encontro, frente ao conjunto nortenho, o adversário foi mais forte e traduziu essa superioridade no marcador, vencendo por esclarecedores 6x0. Rodrigo Gonçalves, Gustavo Guerra, João Oliveira, Rodrigo Morais, Rodrigo Barbosa e Hildebrando Cardoso foram os homens golo de serviço.
No último jogo desta fase, diante a AF Portalegre, o nulo permaneceu até ao apito final do árbitro.
Com este conjunto de resultados, a AF Castelo Branco ficou em 3º lugar do Grupo D, sendo relegada para a Série F da Liga de Prata, juntamente com a AF Viana do Castelo e AF Ponta Delgada.
No primeiro encontro da 2ª Fase, diante a equipa do Norte, a sorte foi madrasta com os jovens jogadores da Beira Baixa. Após um equilíbrio notório durante todo o jogo, uma grande penalidade, perto do apito final, convertido por Rodrigo Araújo, ditou o desaire.
No duelo frente à turma açoriana, a partida terminou com uma igualdade. Gonçalo Sousa e João Martins foram os marcadores de serviço.
A derrota e o empate deixaram a turma albicastrense na 3ª posição da Série F da Liga de Prata, passando para a 3ª Fase da competição para disputar o 17º lugar com a AF Guarda.
No jogo entre as duas Seleções organizadoras do Torneio, o conjunto de Castelo Branco foi mais forte e venceu por 1x2. Nelson Povoas, Ruben Almeida e um auto-golo de Martim Leal fizeram o resultado final.
Para Francisco Pires, Selecionador e Coordenador Distrital, tratou-se de mais “uma experiência bastante enriquecedora”, considerando que os desfechos dos jogos podiam ter sido outros.
“Se nos cingirmos aos números e resultados, podemos dizer que ficámos aquém das expectativas que criámos e do que produzimos nos diferentes jogos. Fica a sensação de que os resultados poderiam ter sido algo distintos, à exceção do jogo com a AF Porto, em que a nossa capacidade competitiva não atingiu os patamares necessários e que desejaríamos, daí o desequilíbrio no marcador”, explicou.
O responsável técnico destaca “um dos melhores contextos competitivos do país”, possibilitando demonstrar todas as virtudes.
“Num torneio com estas características, temos sempre a certeza de que encontraremos um dos melhores contextos competitivos do país, o que nos traz possibilidades bastante positivas, nomeadamente a possibilidade de demonstrar que, trabalhando, temos qualidade para nos equiparar a qualquer adversário. Fica sempre alguma desilusão quando, por uma ou outra razão, não conseguimos provar isso mesmo. O que não deixa de ser um ensinamento para que façamos o que é preciso para alcançar esse objetivo”, referiu.
Francisco Pires acredita que os jogadores cresceram durante a competição, aproveitando para “evoluir e provar o seu valor”. “Os desempenhos individuais e coletivos ao longo do torneio mostram isso mesmo, independentemente dos resultados poderem ou não transparecê-lo. Cremos que os frutos destas vivências podem ser colhidos mais à frente e, oxalá, isso se traduza em chamadas a Seleções Nacionais ou na possibilidade de competir noutros contextos”.
O “fator casa” e o apoio do público foi visto como algo benéfico e não como um extra de pressão para os jogadores.
“Creio que jogar com o apoio daqueles que são próximos foi um fator favorável. O clima competitivo, toda a envolvência, são variáveis com que estes rapazes têm de conseguir lidar. É natural que possa causar ansiedade, que resulte em algumas falhas, mas o processo de aprendizagem não vive isento de erros e dificuldades. A exigência que colocamos no processo que fazemos viver, o desejo de competir com os melhores, são princípios dos quais não abdicamos por crer que ajudam a melhor preparar os nossos praticantes, independentemente das dores de crescimentos que vêm associadas”, concluiu.
A Associação de Futebol da Madeira foi a grande vencedora da 27ª edição do Torneio Lopes da Silva, ao bater, nas grandes penalidades a Associação de Futebol de Setúbal. A AF Beja conquistou a Liga de Ouro, enquanto a AF Algarve foi a mais forte na Liga de Prata. A AF Portalegre levantou o caneco na Liga de Bronze.