A Câmara Municipal de Castelo Branco decretou dois dias de luto municipal pela morte do poeta António Salvado, que faleceu no passado domingo, dia 5 de Março, aos 87 anos.
Em comunicado de imprensa, a Câmara de Castelo Branco anuncia que decretou “luto municipal, nos dias 7 e 8 de março de 2023 [terça-feira e quarta-feira] caracterizado no hastear da bandeira do município a meia haste no edifício dos Paços do Concelho”.
“O seu nome e a sua obra vão decerto permanecer na memória de todos albicastrenses, através do seu legado poético, em particular, e pelo acervo bibliográfico e documental que legou à cidade de Castelo Branco, o qual será património da futura Casa António Salvado”, refere a Câmara.
O poeta albicastrense António Salvado morreu no domingo passado, aos 87 anos, no Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, onde se encontrava internado.
Autor de mais de 80 títulos, entre os quais “Poesia nos versos de António Salvado- Antologia”, o seu último livro editado em Fevereiro, por ocasião do seu 87.º aniversário e que apresenta um conjunto significativo de poemas selecionado pelo próprio.
No mesmo documento, o presidente da Câmara de Castelo Branco, “lamenta profundamente” a morte de António Salvado, considerando que “a cidade e toda a região está em consternação”, refere a citação de Leopoldo Rodrigues.
Como o Diário Digital Castelo Branco já tinha referido, António Forte Salvado nasceu em Castelo Branco no dia 20 de Fevereiro de 1936, na zona histórica da cidade, mais concretamente na Rua d'Ega.
Poeta, ensaísta, crítico, antologiador, tradutor, diretor de publicações, tem colaboração poética em antologias, revistas e suplementos literários.
Obteve várias distinções de que se destaca a comenda da Ordem de Sant'Iago da Espada atribuída, em 2010, pelo conjunto da sua obra poética, assim como a medalha Fray Luis de León de Poesía Iberoamericana, em 2021.
Está traduzido em castelhano, francês, italiano, inglês e japonês. Verteu para português, entre outros, os poetas Claúdio Rodriguez, Ricardo Paseyro, Al.Perez Alencart e António Colinas.
Foi, durante vários anos, diretor do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, cidade onde também lecionou.