Esta será a terceira tentativa de concessão do antigo colégio, depois de os dois primeiros concursos públicos terem ficado desertos.
O Governo oficializa esta terça-feira um novo concurso para a concessão do Colégio de São Fiel no âmbito do Revive, o Programa de Reabilitação, Património e Turismo que pretende colocar edifícios devolutos do Estado ao serviço de atividades como o turismo.
Esta será a terceira tentativa de concessão, depois de os dois primeiros concursos públicos terem ficado desertos.
O concurso para o imóvel localizado na freguesia albicastrense de Louriçal do Campo será lançado na Câmara Municipal de Castelo Branco, numa sessão que contará com a presença do novo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.
O Colégio de São Fiel foi colocado a concurso público pela primeira vez em maio de 2018 e novamente em 2020.
O objetivo desses concursos seria disponibilizar ao setor privado aquela estrutura de modo a ser requalificada para fins turísticos, numa concessão de 50 anos.
Para além do edifício, também a área envolvente fazia parte do concurso. Como o Reconquista anunciou, em primeira mão, o caderno de encargos indicava que o colégio poderá acolher até 200 quartos. Foi também referido que o promotor que vencesse a concessão poderia beneficiar do envolvimento do Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da realização de estágios para alunos, por exemplo.
Já depois de se ter comprovado a inexistência de concorrentes, a autarquia voltou à equação. Em abril de 2019, a então titular da pasta do turismo no Governo, Ana Mendes Godinho dava conta da possibilidade da Câmara Municipal de Castelo Branco poder ficar com o imóvel.
Uma hipótese que estava em cima da mesa, mas que acabaria por não se concretizar. Foi feito um novo concurso público, em 2020, mas também não houve concorrentes.
O Colégio de São Fiel está sem ser utilizado desde 2003, na altura funcionou como um centro de reeducação para jovens. No passado foi colégio para meninos órfãos e, mais tarde, colégio de jesuítas, por onde passaram grandes figuras portuguesas como o Prémio Nobel Egas Moniz. No verão de 2017 foi consumido pelas chamas.