As medidas do executivo socialista da autarquia não estão a corresponder às necessidades criadas pela crise energética/económica que toda a sociedade está a sentir com atual conjuntura e que a marca "Natal Branco" foi abolida.
Em conferência de imprensa, Ana Ferreira, Luís Correia e Jorge Pio, os três vereadores do SEMPRE com assento no executivo da Câmara Municipal de Castelo Branco, afirmaram que a Câmara Municipal tem a obrigação de dar o exemplo e o caminho que está a ser tomado pelo PS não é o correto, nem confere a melhor estratégia para dar continuidade aquilo que foi alcançado pelo investimento do anterior o executivo.
Luís Correia começou por apontar o "desnorte e falta de ambição relativamente à perspetiva de desenvolvimento do concelho, porque aquilo a que temos assistido é sobretudo um olhar mais atento ao passado em vez de se olhar para o futuro", afirmou o presidente do SEMPRE - Movimento Independente.
Para a vereadora a Câmara tem dar o exemplo à comunidade residente em Castelo Branco e ser a primeira a implementar uma serie de medidas para controlar o consumo energético de todos os equipamentos da autarquia e dela dependentes, onde também insere a iluminação pública de Natal. "Atualmente existem materiais de decoração natalícia exterior que não necessitam de energia elétrica para ter o seu efeito efeito visual," garantiu Ana Ferreira.
E sobre o Natal 2022, Jorge Pio, afirmou achar muito estranho e não perceber porque é que o 'Natal Branco' foi pura e simplesmente abandonado pelo atual executivo socialista no fim desta marca ter-se assumido como importante ferramenta para o território e economia do concelho, nomeadamente, na dinamização do comércio local.
“O Natal de há dez anos, não tinha nada a ver com aquele Natal que fez nos últimos cinco, seis anos porque a marca ‘Natal Branco’ colocou Castelo Branco com um posicionamento bastante interessante com aquilo que tem a ver com alguma competitividade entre territórios.
Este ano o Natal no concelho ignora toda a dinâmica social e económica percorrida nos anos anteriores com o 'Natal Branco’ e não se percebe quais as vantagens que estão associadas a esta mudança, uma vez que, a iniciativa natalícia da Câmara mantém no essencial o mesmo formato, a mesma lógica de dinamização, quer dos espaços, quer da dinâmica económica associada ao evento, e puri simplesmente desaparece o nome ‘Natal Branco’.
Na nossa opinião retirar este nome à iniciativa faz perder por completo o posicionamento que Castelo Branco vinha assumindo na época natalícia e no momento de atratividade económica. Mas o que mais nos admira nesta mudança é que no ano passado o ‘Natal Branco’ foi realizado por este executivo socialista e não conseguimos compreender esta deriva, que assumindo no início do seu mandato a marca como iniciativa que já existia e tinha posicionamento, agora de um momento para o outro, o ‘Natal Branco’ desaparece sem conseguirmos perceber qual é a vantagem.
Conseguimos perceber, apenas, que neste executivo socialista há falta de uma linha estratégica orientadora porque nas diferentes ações que por si são desenvolvidas no concelho, todas elas têm pouca solidez e manifestam alguma deriva claramente prejudicial para o nosso território e para as próprias iniciativas desenvolvidas no Município.
Ao iniciar esta conferência de imprensa e ao se referir à candidatura de Castelo Branco a cidade da UNESCO no âmbito do artesanato e Artes Populares, Luís Correia, falou do trabalho e do investimento que foi feito ao longo de vários anos.
Outro investimento que o presidente do SEMPRE deu foi a criação do Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco que "é hoje uma referência nesta matéria que visa contribuir para a revalorização, recuperação, inovação e relançamento do Bordado, forma de expressão artística ímpar.
"Portanto, quando vimos a apresentação da candidatura de Castelo Branco a cidade da UNESCO no âmbito do artesanato e Artes Populares, não estamos a ser ambiciosos, mas sim, algo redutores até para com a valorização do Bordado de Castelo Branco. Devíamos de ir mais além porque o caminho que estávamos a fazer era outro, não era este, era um caminho que estávamos a valorizar não só o Bordado, mas também a cidade em diversos enquadramentos" declarou Luís Correia.
Mas mais do que isto, em relação ao mundo artístico, o líder do SEMPRE também se quis referir ao trabalho que se desenvolveu com a Fábrica da Criatividade, com os cursos da Escola Superior de Artes Aplicadas, com Conservatório Regional a crescer com uma nova Escola Profissional de Música, com o investimento que se fez nas cinco Bandas Filarmónicas do concelho e com a certificação da Viola Beiroa e a sua ligação ao património musical albicastrense.