Em
A Voz de Castelo Branco

2025/01/15

Nem pior nem melhor, apenas diferente.

Opinião

BRASILIDADE EM PORTUGAL 
Por Jessica Faria*

Engraçado e interessante quando as pessoas perguntas das diferenças de um lado e de outro.
Como sempre na vida temos uma régua que aferimos tudo.

Um meio de comparação, a feijoada do Brasil não é melhor nem pior do que a de Portugal, simplesmente é diferente.

Esses dias na fila de um restaurante ouço uma portuguesa a falar. Deve ser à brasileira, pois o feijão é preto.

Foi interessante essa observação, todos os brasileiros que são brasileiros sabem exatamente a história da feijoada e “restos de animais e feijão preto” que os senhores dos escravos davam e eles cozinhavam e transformavam nessa maravilha brasileira.

Outro exemplo seria beijo de um primeiro namorado não é melhor nem pior do que o do segundo namorado, apenas diferente.

E isso é lindo e mágico na vida. 

Porém nós temos sempre crenças que nos acompanham uma vida, que sempre temos que colocar dentro de “caixas” ou rótulos na nossa cabeça como uma forma de nós organizamos melhor, se isso é melhor ou pior, mas na verdade a vivência em outro país me ensinou que não há bom e menos bons, apenas diferente.

Por exemplo a melhor feijoada brasileira que comi em toda minha vida, foi numa instituição de caridade, rodeada com umas 80 meninas que tinham sido agredidas e abusadas de todas as formas fisicamente e sexualmente a falar. 

Que na altura era psicóloga institucional, a responsável da instituição fazia essas feijoadas, que ajudávamos a preparar deste a couve até o bacon, para vendermos e angariamos fundos para a instituição filantrópica com o mínimo subsídio oferecido governamental não era suficiente.

A mesma feijoada feita com todo amor e carinho também era servido para elas e consequentemente para os funcionários que lá trabalhavam. 

E com toda certeza do mundo, foi sempre a melhor feijoada que já comi em toda minha vida, não apenas por saber bem, mas a questão emocional que tinha por trás de cada alimento que ali continha.

Doações de pessoas que acreditavam no futuro melhor para aquelas meninas. Como eu sempre acreditei.

Cá em Portugal a melhor feijoada que comi à brasileira, foi a 1.ª vez que preparei para amigos portugueses comeram e repetiram 3 vezes isso é muito bom aqui.

Já que as pessoas comem o suficiente. E a saúde sempre é o mais importante, mas realmente estava tão boa, tão boa que comeram repetiram e levaram para casa.

Esse jeitinho brasileiro que as pessoas ficam encantadas.

E assim seguimos com nossas historias, nem melhores nem piores apenas diferente. 


Jessica Faria, Psicóloga (CRP) Conselho Regional de Psicologia*
 

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