Violência doméstica: Casos sobem 0,8 por cento no distrito de Castelo Branco

Segundo o relatório anual da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna as queixas de violência doméstica diminuíram quatro por cento, mas subiu 0,8 no distrito.

A PSP e a GNR recebam, em 2021, 99,96 por cento das ocorrências de violência doméstica participadas aos órgãos de polícia criminal, num total de 26.517 participações, segundo o 14.º relatório anual de monitorização deste tipo de crime, publicado este mês de novembro pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. A maioria das vítimas (83,5 por cento) são mulheres, com uma média de idade de 43 anos e sem depender economicamente do agressor.

Este número equivale a uma redução de quatro por cento em relação a 2020 (menos 1102 participações), mas, contas feitas, continuam a representar, em média, 2210 participações por mês, 73 por dia e três por hora. A diminuição regista-se na maioria dos distritos, mas Castelo Branco consta da exceção, a par de Beja, Évora, Viana do Castelo, Viseu e Região Autónoma dos Açores. No distrito, apesar de ligeiro, o aumento foi de 0,8 por cento, tendo sido registados 520 casos (381 pela GNR e 139 pela PSP), mais quatro que em 2020, sendo que todos eles foram registados na área de jurisdição da PSP. Castelo Branco também registou uma taxa de incidência (2,9 por cento) superior à nacional (2,6 por cento). O documento revela que cerca de um terço (31,1 por cento) das ocorrências foram presenciadas por menores. O estatuto de vítima foi atribuído em 2021 a 86 por cento dos casos de violência doméstica registados, ou seja, totalizando 25.155 ocorrências, mas 12 por cento das vítimas prescindiram da proteção conferida por esse direito. Contudo, muitos dos inquéritos acabam arquivados por falta de provas.

Como consequências, menos de um por cento sofreram ferimentos graves, tendo 34 por cento das vítimas sofrido ferimentos ligeiros e 65 por cento ausência de lesões físicas, pois a violência psicológica representa 81,5 por cento dos casos, a física 65,2 por cento, a social 15,9 por cento, a económica sete por cento e a sexual 2,6 por cento. Em um por cento das situações foi utilizada uma arma branca ou de fogo.